Museu

Exposição “Baldios: a riqueza do Serrano”

“Quem há-de dizer o que é útil ao povo, é o povo que trabalha”.
A citação é da população da freguesia de Albergaria das Cabras (atualmente Albergaria da
Serra) e consta na missiva enviada a Marcelo Caetano, em 1973. Aí manifestavam as
preocupações com a sua sobrevivência e o futuro da freguesia. Uns anos antes, em 1970, o
povo da freguesia de Cabreiros havia feito o mesmo.
A relação do povo serrano com os baldios sempre foi de muita proximidade. Em “Quando os
lobos uivam” (1958), o autor Aquilino Ribeiro, retrata muito bem a realidade a que os povos
serranos foram sujeitos: “o roubo dos baldios às populações serranas tirou-nos uma fonte vital
de receita, destruiu-nos a criação de rebanhos, tirou-nos os estrumes e as lenhas, as
pastagens, favoreceu a apropriação dos maninhos, o compadrio essa pouca-vergonha da
venda dos baldios.”
A existência de áreas de gestão comum por parte das comunidades recua aos primórdios das
sociedades pré-agrárias. No entanto, ao longo dos séculos, o entendimento sobre estes
terrenos foi-se alterando em função de crises (económicas e sociais) e o aparecimento de
novas ideologias políticas.
Conhecer a evolução histórica dos baldios particularmente nos séculos XIX e XX,
nomeadamente a submissão ao Regime Florestal e a criação do Perímetro Florestal da Serra da
Freita, é a proposta do Museu Municipal de Arouca com a sua exposição temporária “Baldios:
A riqueza do serrano”.

  • Horários:
    • Quinta-feira: 16h00-24h00
    • Sexta-feira: 10h00 – 24h00
    • Sábado: 10h00 – 24h00
    • Domingo: 10h00 – 24h00